Síria: Cresce o número de sequestros e desaparecimentos forçados de defensores dos direitos humanos

sexta-feira, dezembro 13, 2013

Mulheres em Aleppo | IKMR

Mulheres e crianças deslocadas em Aleppo, Síria. (Foto: UNICEF/Romenzi)

Os sírios continuam sendo vítimas de uma cruel indiferença à vida humana e desrespeito pela segurança, como mostra a tendência crescente de sequestros e desaparecimentos forçados, afirmou a alta comissária da ONU para os direitos humanos, Navi Pillay, na sexta-feira (13).

Segundo ela, nos últimos meses, houve um aumento  significativo de sequestros de defensores dos direitos humanos, ativistas, jornalistas e figuras religiosas por grupos armados da oposição, além de detenções arbitrárias e desaparecimentos forçados praticados pelo próprio governo do país.

Na segunda-feira (9), por exemplo, cinco homens armados e mascarados invadiram um escritório de duas organizações não governamentais de direitos humanos e sequestraram a premiada defensora síria dos direitos humanos, Razan Zaitouneh, além do seu marido, Wa’el Hamada, também ativista e ex-preso político, e outros dois colegas, Nazem Hamadi e Samira Khalil.

Pillay pediu que todas as partes envolvidas no conflito sírio parem de aterrorizar defensores dos direitos humanos, trabalhadores humanitários e ativistas, que assumem riscos diários para documentar todas as violações que acontecem no país. Ela também pediu que aquelas pessoas que estão presas sejam libertadas.

O sequestro de Zaitouneh e seus colegas aconteceu horas depois que as famílias de dois jornalistas espanhóis sequestrados na Síria há quase três meses apelaram publicamente pela sua libertação. Eles estão entre as dezenas de outros jornalistas que foram raptados no curso do conflito no país.

Enquanto isso, inúmeros civis, incluindo mulheres e crianças, que foram arbitrariamente detidos pelo governo em 2011, continuam desaparecidos.

“A Comissão Independente de Inquérito da ONU sobre a Síria foi documentada sobre o aumento do uso de desaparecimento forçado como uma estratégia das forças do governo e pró-governo para sufocar a dissidência e espalhar o terror no seio da sociedade”, denunciou Pillay.

“As famílias desses detentos, em muitos casos, não sabem sobre o paradeiro de seus entes queridos, se estão vivos ou mortos. Algumas famílias que relataram o desaparecimento foram detidas. Este tipo de terrorismo contra os civis deve parar”, concluiu a alta comissária da ONU.

Fonte: ONU


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