Conflito na República Centro-Africana ainda atinge metade da população, alerta ONU

quinta-feira, março 27, 2014

crianças refugiadas

Crianças centro-africanas, entre os centenas de milhares de deslocados pelos confrontos no país. Auxílio financeiro e alimentar continua urgente. Foto: PMA / Alexis Masciarelli

Autoridades das Nações Unidas na República Centro-Africana (RCA) destacaram nesta quarta-feira (26) a insuficiência de recursos financeiros para as operações humanitárias e a instabilidade constante como os principais desafios para tirar o país da crise atual, pedindo à comunidade internacional apoio para uma resposta imediata.

A RCA vive uma crise humanitária desde dezembro de 2012, quando rebeldes muçulmanos do grupo Seleka iniciaram uma onda de ataques que, estima-se, já deixaram milhares de mortos e puseram mais de 2 milhões de civis – metade da população do país – em condições precárias de vida.

“Já pedi aos grupos armados para que apresentem suas demandas, de modo que o governo possa iniciar um diálogo político nacional”, afirmou Babacar Gaye, líder da missão de paz da ONU (BINUCA). “Nós não sairemos desta crise nem daremos um fim na violência sem uma solução política”, completou.

Com mais de 650 mil pessoas realocadas dentro do país e outras 290 mil que migraram para nações vizinhas, o conflito ganha um caráter cada vez mais separatista à medida que milícias cristãs conhecidas como “anti-Balaka” se ergueram em resposta aos ataques.

O coordenador da missão humanitária da ONU, Abdou Dieng, apontou a escassez de fundos como um dos principais entraves para conter a crise. Segundo ele, pouco mais de um quinto dos quase 500 milhões de dólares prometidos foi entregue. “Sem o dinheiro, será extremamente difícil suprir as necessidades da população”, afirmou.

Para Georg Charpentier, vice-representante especial do secretário-geral da ONU na RCA, “a violência e instabilidade tornam difíceis, senão impossíveis, iniciativas de reabilitação, criação de oportunidades de trabalho e de fortalecimento das economias locais”. Segundo ele, o foco deve continuar “na estabilização da segurança nacional”.

Fonte: ONU


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