Armas sofisticadas usadas contra civis

terça-feira, abril 1, 2014

soldados RCA

Fotografia: Reuters

Jean-Marie Mokoko, que também é chefe da Missão Internacional de Apoio à RCA, exortou o Governo interino “a deter e levar a julgamento” os responsáveis por actos de violência que abalam Bangui, a capital da RCA.

O enviado especial da União Africana pediu aos líderes comunitários que se abstenham de atiçar a violência e disse ser necessário que membros da sociedade civil, dirigentes políticos e chefes religiosos se unam para defrontar os que apoiam a violência actual.

“O uso de armas contra civis é estritamente proibido pelo Direito Internacional e constitui um crime de guerra”, afirmou, ao mesmo tempo que exprimiu “profunda consternação” pelo uso de armas de de guerra em incidentes registados no país.

Jean-Marie Mokoko também pediu “um sentido elevado de responsabilidade” na cobertura de acontecimentos que decorrem na República Centro Africana, em particular na imprensa internacional, por algumas reportagens atiçarem “as chamas do ódio e da hostilidade na população centro-africana”.

Pelo menos 24 pessoas morreram em Bangui atingidas por disparos de soldados da Missão da União Africana na República Centro Africana (Misca) durante confrontos com milícias cristãs anti-Balaka,disseram fontes militares e da Cruz Vermelha.Um porta-voz da Misca referiu que o contingente do Chade na União Africana foi vítima de uma emboscada das milícias cristãs anti-Balaka quando voltavam de uma operação de busca no norte, onde apreenderam grande quantidade de armas, explosivos e munições.

Ao chegar ao distrito de Bangui, disse, os soldados caíram numa emboscada de milicianos anti-Balaka e responderam na direcção de onde procediam os disparos.

O tiroteio provocou dez mortos, segundo fontes da Cruz Vermelha centro africana e dezenas de pessoas ficaram feridas, incluindo dois soldados da Misca, e foram levadas ao Hospital Comunitário de Bangui. “Os feridos são a prova de que os nossos soldados foram atacados e que, de fato, não puderam fazer outra coisa que não fosse responder”, afirmou o porta-voz da Misca.O autarca local disse que foram identificados e recolhidos 24 corpos, que mais de uma centena de pessoas estão gravemente feridas e que continua o trabalho de recolha dos mortos e dos feridos, que são cada vez mais.

“As casas foram incendiadas pelos disparos de morteiros. Um poste de energia foi cortado ao meio no bairro de Gobongo, o que mostra que os danos provocados pelas armas foram muito grandes”, afirmou. O coordenador político das milícias “anti-Balaka” negou a emboscada aos soldados: “nenhum dos nossos homens disparou. O que aconteceu foi um acto deliberado do contingente do Chade e é realmente lamentável”, afirmou à Efe.

Na semana passada, pelo menos 11 pessoas morreram depois de membros do antigo movimento rebelde Seleka lançarem granadas durante um enterro.

Fonte: Jornal de Angola


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