Crianças-soldado centro-africanas quase duplicam em cinco meses

sexta-feira, maio 16, 2014

Unicef diz que número evoluiu de 3,5 mil para cerca de 6 mil; além de combater, estas são usadas pelos grupos armados como cozinheiras, porteiras ou encarregadas de educação.

Crianças-soldado. Foto: Irin/Gabriel Galwak

Crianças-soldado. Foto: Irin/Gabriel Galwak

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O número de crianças-soldado a atuar no conflito centro-africano quase duplicou nos últimos cinco meses, anunciou esta sexta-feira o Fundo da ONU para a Infância, Unicef.

Em nota, emitida em Genebra, a agência informa que desde o agudizar da violência, em dezembro passado, estas passaram de 3,5 mil para cerca de 6 mil.

Libertados

De acordo com informações recebidas do país, vários grupos armados libertaram mais de 1 mil menores este ano. O Unicef disse que o número é mais de cinco vezes superior ao dos soltos em 2013.

Além das milhares de crianças a combater ao lado dos grupos armados no conflito, o estudo destaca que outras exercem funções de cozinheiras, de porteiras e de encarregadas de educação.

Assistência 

Em relação ao grupo libertado, a agência disse ter apoiado com um pacote de serviços, que inclui assistência médica e apoio psicossocial.

Em colaboração com parceiros, foram localizados os familiares e reunidos aos menores que também puderam retornar à escola. As mais velhas recebem instrução avançada.

A questão das crianças armadas junta-se a da desnutrição aguda, que afeta cerca de 30 mil crianças centro-africanas em 2014. O Unicef lembra que desde o início do ano, o sistema de educação está de rastos.

A pesquisa aponta para 194 crianças mortas ou feridas por machetes desde dezembro.

Centro-Norte

Entretanto, o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Acnur, também apresentou dados de maio, apontando para um aumento de deslocados em cerca do dobro, relativamente ao mês passado. A subida deve-se à intensificação do conflito na região centro-norte, aponta a agência.

Mais de 23 mil pessoas fugiram das suas casas na área de Kaga Bandoro, sendo a maioria dos deslocados cristã, com maior número de mulheres e crianças.

Fonte: Rádio ONU


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