No início de uma visita de três dias ao Oriente Médio, o papa Francisco fez um apelo por uma solução pacífica ao conflito na Síria.
O papa fez a declaração em Amã, capital da Jordânia. Ele foi recebido no aeroporto por líderes locais religiosos e políticos, antes de ser levado a um encontro com o rei Abdullah e a rainha Rania.
Para mais tarde, está marcada a celebração de uma missa em um estádio. Cerca de 50 mil pessoas estão sendo aguardadas no evento.
A visita do papa – que também o levará a Israel e territórios palestinos – tem o objetivo de fortalecer laços com cristãos ortodoxos da região e de dar alento à cada vez mais minguada comunidade cristã local.
O chefe da Igreja Católica viaja acompanhado de um rabino e de um imã, para dar ênfase à ideia de que cristãos, muçulmanos e judeus podem conviver em paz.
O papa também deve se encontrar com refugiados sírios em campos na Jordânia.
Amenizar tensão
Para analistas, muitos esperam que ele use sua influência para tentar amenizar a tensão na região.
Segundo o editor para Oriente Médio da BBC Jeremy Bowen, palestinos esperam algum tipo de apoio à ideia de uma Estado palestino independente. Já o governo israelense espera que o papa se mantenha o mais neutro possível – uma postura que desapontaria cristãos palestinos.
A visita vem poucas semanas após o colapso da última rodada de negociações de paz entre israelenses e palestinos.
Ela marca os 50 anos do encontro histórico em Jerusalém entre o papa Paulo 6º e o chefe da Igreja Ortodoxa, o patriarca Athenagoras.
Esse encontro pôs um fim a 900 anos de separação e antagonismo entre as vertentes Ocidental e Oriental do cristianismo.
No domingo, Francisco viajará a Belém, onde deve realizar uma missa perto do local onde se acredita que Jesus teria nascido.
Na segunda-feira, sua agenda inclui visitas à mesquita de Al-Aqsa, à Cúpula da Rocha e ao Muro das Lamentações em Jerusalém.
Ele será o quarto papa a visitar Jerusalém, depois de Paulo 6º, João Paulo 2º e Bento 16, que esteve na região em 2009.
Fonte: BBC Brasil