Cerca de 25 milhões de refugiados são crianças

sexta-feira, junho 20, 2014

foto FAISAL MAHMOOD/REUTERS

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Metade dos 50 milhões de pessoas que foram forçadas a abandonar o país em que viviam para evitar os conflitos armados, são crianças menores de idade. Estes números são superiores aos da Segunda Guerra Mundial, só em 2012 o número de migrantes forçados aumentou seis milhões.

Os dados, revelados pela Organização das Nações Unidas no Dia Mundial do Refugiado, mostram ainda um recorde de 25.300 crianças menores e sem acompanhamento, que apresentaram pedidos de asilo e alojamento em mais de 77 países.

António Guterres, o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), falou sobre estas crianças “apanhadas em conflitos ou perseguições que os líderes mundiais ainda não foram capazes de terminar”.

No total estão incluídos 16,7 milhões de refugiados, 33,3 milhões de deslocados e 1,2 milhões de pedidos de asilo pendentes. “Estamos a enfrentar um enorme aumento do fenómeno da migração forçada em todo mundo”, constatou Guterres, apesar da maioria ser provocada pela crise desde a Síria até ao Sul do Sudão.

Os cidadãos sírios são os principais responsáveis pelo aumento de massa de refugiados. No último ano, houve cerca de três milhões de sírios que atravessaram as forenteiras da Síria para os países vizinhos (Líbia, Turquia, Iraque e Jordânia) e 6.5 milhões de deslocados pelo território.

Também os conflitos que se agravaram este ano na República Centro-Africana, Ucrânia e Iraque estão a conduzir um grande número de famílias, preocupadas com a segurança, para longe de casa.

Grande parte dos refugiados está a encontrar apoio nos países em desenvolvimento, ao contrário do que é afirmados por alguns líderes ocidentais. “Normalmente surge o debate nos países desenvolvidos de que os refugiados estão a deslocar-se para os seus países e que o objetivo não é propriamente encontrar proteção mas uma vida melhor. A verdade é que 86% dos refugiados vivem em países em desenvolvimento”, acrescentou Guterres.

O Conselho Português para os Refugiados (CPR) desenvolveu uma programação especial para assinalar o Dia Mundial do Refugiado. Desse programa fez parte uma cerimónia de iluminação de monumentos e edifícios em azul – cor do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados -, uma conferência sobre as oportunidades e desafios da empregabilidade dos refugiados e, esta sexta-feira à noite, um Sarau Cultural no Centro de Acolhimento para Refugiados, em Bobadela.

Segundo o CPR, o número médio de pessoas que procuram proteção em Portugal ronda os 500 pedidos por ano, um número bastante inferior à média europeia.

Fonte: Contacto Latino


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