Hoje eu me junto a pessoas em todo o mundo para celebrar o Dia Mundial do Refugiado. É uma oportunidade para homenagear a resistência daqueles que fogem da violência e da perseguição, e a dedicação dos que os ajudam.
As forças que destroem comunidades e arrancam seus moradores de casa são difíceis de domar. Este ano, assinalamos um marco sombrio. Mais de 51 milhões de pessoas são agora refugiadas, requerentes de asilo ou deslocadas internamente, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Isso é mais do que em qualquer momento desde a Segunda Guerra Mundial.
Quase a metade de todos os sírios – 45% – foi expulsa de suas casas. Um quarto deles – mais de 2,8 milhões – se tornaram refugiados em países vizinhos. Conflitos na República Centro-Africana e Sul do Sudão forçaram mais de um milhão de pessoas de cada um desses países a fugir. Somente nos últimos dias, turbulências que ocorrem no Iraque já desalojaram centenas de milhares de pessoas e ameaçam muito mais.
Crises de refugiados revelam o que há de pior e melhor em nós. Cabanas incendiadas, edifícios de apartamentos derrubados, balas atingindo civis inocentes mostram as profundezas de nossa capacidade de ódio e insensibilidade. Mas aqueles que ajudam e protegem os refugiados demonstram o contrário: nosso potencial de coragem e compaixão.
Os Estados Unidos fornecem mais ajuda humanitária aos refugiados do que qualquer outra nação. Somente no ano passado, a generosidade do povo americano e a dedicação daqueles que entregam alimentos, remédios, abrigo e outros tipos de assistência emergenciais, têm ajudado a salvar centenas de milhares, talvez milhões de vidas.
Nosso compromisso não termina no exterior. Alguns refugiados simplesmente não podem voltar para casa, porque o risco de violência e perseguição é muito grande. Os EUA admitem mais refugiados para reassentamento permanente do que qualquer outro país. No ano passado, quase 70 mil vieram para os Estados Unidos e esperamos trazer o mesmo número este ano.
As provações a que os refugiados sobrevivem e as aspirações que nutrem ressoam conosco, como americanos. Este país foi construído por pessoas que fugiram da opressão e da guerra, aproveitaram as oportunidades e trabalharam dia e noite para se refazerem nesta nova terra. Os refugiados que chegam nos Estados Unidos hoje dão continuidade a essa tradição, trazendo sonhos e energia revigorantes, e renovando as qualidades que ajudam a forjar nossa identidade nacional e tornar nosso país forte.
Fonte: IIP Digital
