No Dia da Criança Africana, ONU pede foco em estudantes nigerianas sequestradas

segunda-feira, junho 16, 2014

Meninas assistem a uma aula de matemática em uma escola na região de Diffa, no Níger, onde mais da metade dos estudantes são nigerianos deslocadas pelo conflito. Foto: ACNUR/K. Mahoney

Meninas assistem a uma aula de matemática em uma escola na região de Diffa, no Níger, onde mais da metade dos estudantes são nigerianos deslocadas pelo conflito. Foto: ACNUR/K. Mahoney

“Milhares de pessoas permanecem unidas por uma causa: escolas seguras para cada menina e menino”, disse o enviado especial da ONU para a Educação Global, Gordon Brown, em sua mensagem para o Dia da Criança Africana, comemorado nesta segunda-feira (16).

Na ocasião, Brown apelou ao mundo para focar nas 200 estudantes que foram sequestradas enquanto estudavam em uma escola de Chibok, na Nigéria, pelos militantes do Boko Haram. Ele também elogiou os jovens de todo o mundo que se mobilizam para exigir educação segura para todos.

“Enquanto a comunidade global não consegue fornecer um ensino seguro, os jovens estão exigindo escolas de qualidade e seguras para todas as crianças em todos os lugares e continuam solidários com as meninas do norte da Nigéria de Chibok e a todos aqueles pelo mundo mundo que enfrentam estas lutas”, acrescentou.

Na Nigéria, mais de 10,5 milhões de crianças estão fora da escola, de acordo com os dados mais recentes, sendo a maioria no norte do país e muitas delas meninas.

O dia foi criado pela União Africana para recordar o dia 16 de junho de 1976, quando milhares de crianças negras de Soweto, na África do Sul, foram às ruas protestar contra a baixa qualidade do sistema de ensino e reclamar para que as aulas fossem dadas na sua língua local. Desde 1991, o dia é marcado com eventos para promoção os direitos das crianças em todo o mundo.

A pobreza, os conflitos armados, o HIV/aids e a mudança climática, bem como a violência doméstica, têm forçado mais e mais crianças a deixar suas casas para viver e trabalhar nas ruas, expostas à violência e à exploração. Muitas outras acabam em situações de exploração em menos visíveis, trabalhando em famílias, nas fazendas, nas minas ou mesmo em grupos armados.

Na África subsaariana, cerca de 50 milhões de crianças perderam um ou ambos os pais, quase 15 milhões dos quais devido ao HIV. Algumas delas são forçadas a crescer por conta própria, com limitado ou nenhum apoio de tutores adultos. A região tem as maiores taxas de trabalho infantil no mundo, com mais de um terço das crianças de 5 a 14 anos sendo exploradas em situações duras de trabalho.

“Essas crianças já foram obrigadas a abandonar a proteção das suas casas para ser submetidas a riscos ainda maiores nas ruas”, disse Anthony Lake, diretor executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). “No Dia da Criança Africana – e todos os dias –, temos de fazer todo o possível para abordar as razões por que tantas crianças são separadas de suas famílias e investir em novos esforços para protegê-las, não importando onde elas vivam”, reiterou Lake.

Fonte: ONU


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