“No pátio da igreja de São João Bosco, num humildíssimo bairro de Bangui, faz sete meses que sobrevive a custo perto de um milhar de pessoas. Os Salesianos são o seu escudo, a sua salvação. O P. Agustín Cuevas, religioso espanhol, de quase 70 anos, acolhe em sua comunidade toda essa gente, ali refugiad por causa dos massacres na República Centro-Africana. Houve dias em que havia mais de 22.000 pessoas”. Assim nos conta um artigo publicado no jornal “El Confidential”, de que extraímos alguns trechos.
«Os refugiados são protegidos pela Comunidade salesiana à qual pertence também o P. Cuevas, que chegou pela primeira vez na República Centro-Africana faz três anos, depois de viver em diversos países do Continente. Junto com ele trabalham em favor dos necessitados também o P. Jan Hübner, salesiano polonês, Vigário da Comunidade desde 2010; e o Salesiano Irmão, Sr. Eynem Maguergue, de Ndajaména, Chade,Diretor do Oratório e encarregado da Escola desde 2011.
A maior parte dos refugiados são mulheres e crianças que fugiram da violência “cega e gratuita” – com as palavras do P. Cuevas –, violência que explodiu na Capital centro-africana, Bangui,no dia 5 de dezembro passado.
Sem saber a quem se dirigir, em meio a um exército em debandada e alvo de fogo cruzado, muitas pessoas buscaram refúgio em lugares de culto. Em Galabadja, bairro de Bangui, bateram à porta da Comunidade salesiana, que por anos se esforçava por construir um pequeno oásis de serviço, composto por uma escola e um dispensário, sumamaente úteis a todo esse bairro esquecido.
Os refugiados, ainda hoje presentes no pátio da igreja, não são os únicos que se detiveram na Obra. Houve momentos em que passavam de 22.000, enchendo à cunha os edifícios e todos os espaços disponíveis da Obra, ajeitando-se, para dormir, “sobre bancos e o pavimento da igreja”, enquanto fora o ruído dos disparos, das explosões dos morteiros e das granadas, não terminava.
Pode-se ler o artigo completo no sítio El Confidencial que oferece uma panorâmica também sobre o trabalho dos missionários salesianos na República Centro-Africana e sobre os vários elementos do conflito ainda em curso.
Fonte: ANS
