Pelo menos 62 mil pessoas tiveram abandonar com urgência as suas casas na região tribal do Waziristão do Norte, no noroeste do Paquistão, devido à ofensiva militar na região, segundo fontes oficiais.
Quase metade dos refugiados registados desde o início da operação militar no domingo passado são crianças, disse o director do organismo de gestão de desastres das regiões tribais, Arshad Khan.
Mais de 29 mil refugiados são crianças, enquanto cerca de 20 mil são mulheres», acrescentou Khan, salientando que até agora os civis que fogem dos combates optaram por ir para a casa de familiares na província vizinha de Khyber-Pakhtunkhwa (KPK).
O director do organismo de gestão de desastres em KPK, Tahir Orakzai, explicou que, nas vésperas da ofensiva, as autoridades montaram um plano de contingência em que estimaram que pelo menos 100 mil civis fugiriam dos combates.
Montámos dois campos de refugiados, um em zona tribal e outro em KPK, mas até agora estão praticamente vazios. Mesmo assim, temos tudo preparado para alojar todas as famílias que precisarem, afirmou Orakzai.
Acrescentou que uma das razões que podem ajudar a explicar as reticências quanto a ir para os campos governamentais são as ameaças dos jihadistas dirigidas aos aceitassem ir para instalações das autoridades paquistanesas.
As elevadas temperaturas que atingem o norte e o oeste do Paquistão, muito acima dos 40ºC, também são um obstáculo a ser levado em conta na questão da rejeição dos campos de refugiados.
Além dos mais de 60 mil civis registados pelas autoridades paquistanesas, a imprensa local explica que muitos outros milhares de civis das regiões tribais afectadas pelos combates optaram por atravessar a fronteira com o Afeganistão.
Fonte: Diário Digital
