Fluxo incessante de pessoas demonstra deterioração da situação do país. Situação ficou ainda pior com as fortes chuvas das últimas semanas.
Refugiados aguardam em fila para receber comida em Tomping, no Sudão do Sul, nesta quinta-feira (27) (Foto: Charles Lomodong/AFP)
O número de civis refugiados nas bases da Organização das Nações Unidas no Sudão do Sul supera a marca de 100 mil, pela primeira vez desde o início do conflito em dezembro de 2013, anunciou a ONU.
O fluxo incessante de civis nas bases das Nações Unidas demonstram a deterioração da situação no país mais jovem do mundo, que declarou sua independência em julho de 2011.
Em 25 de junho havia concretamente 101.333 pessoas nas nove bases da Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (MINUSS). As condições de vida são muito duras, já que as bases não estão capacitadas para abrigar um número tão grande de deslocados. E a situação ficou ainda pior com as fortes chuvas das últimas semanas.
“Esta é a primeira vez que a MINUSS protege em suas bases mais de 100 mil civis, com um claro aumento dos deslocados de Bentiu (norte), que passaram de milhares para mais de 45 mil , com um fluxo constante de pessoas que continuam chegando”, explicou a missão da ONU.
Em Bentiu, capital do estado petroleiro de Unite, foram registrados combates intensos entre o exército do Sudão do Sul e os rebeldes leais ao ex-vice-presidente Riek Machar. A cidade mudou várias vezes de controle desde o início do conflito.
