ACNUR e Angelina Jolie pedem ações para evitar novas mortes de refugiados no Mediterrâneo

segunda-feira, setembro 15, 2014

A enviada especial do ACNUR se encontra com Ayman Mustafa, um refugiado sírio de Aleppo, durante sua visita à Malta. A esposa e filha do médico se afogaram durante o naufrágio da embarcação no Mediterrâneo no ano passado. Foto: ACNUR/ P.Muller

A enviada especial do ACNUR se encontra com Ayman Mustafa, um refugiado sírio de Aleppo, durante sua visita à Malta. A esposa e filha do médico se afogaram durante o naufrágio da embarcação no Mediterrâneo no ano passado. Foto: ACNUR/ P.Muller

“Existe um vínculo direto entre os conflitos na Síria e em outros lugares e o aumento das mortes no mar Mediterrâneo. Temos que entender o que leva as pessoas a tomar esses passos assustadores e arriscar a vida de crianças em embarcações lotadas e inseguras: é o desejo avassalador de encontrar refúgio”, disseram o chefe da agência para os refugiados da ONU (ACNUR), António Guterres, e a atriz e enviada especial, Angelina Jolie, nesta segunda-feira (15).

Através de um comunicado conjunto à imprensa, ambos convocaram os países europeus a agirem para aliviar as condições severas e muitas vezes mortais, que os migrantes encontram durante a travessia entre a África e a Europa. Em Valletta, capital de Malta, os representantes do ACNUR se encontraram com sobreviventes de várias embarcações que naufragaram perto da costa maltense e que clamaram a vida de vários de seus familiares.No fim de semana passada, outras vítimas morreram durante o naufrágio de barcos nas costas egípcia e líbia.

No total, em 2014, mais de 2.500 pessoas se afogaram ou estão desaparecidas, sendo que 2.200 desde o começo de junho. Cerca de 130 mil chegaram às costas da Europa neste ano, mais do que o dobro dos 60 mil registrados em 2013. Só a Itália recebeu  118 mil pessoas, a maioria resgatada no mar.

Guterres enfatizou que a resposta europeia precisa ter como base um esforço coletivo verdadeiro, que ofereça maneiras de proteção ao mesmo tempo em que fortaleça a capacidade de resgatar essas pessoas. Para isso, o ACNUR pede alternativas legais e de salvaguarda para aqueles que estão fugindo do conflito e da perseguição, de forma que eles deixem de arriscar a vida na travessia pelo mar. Essas alternativas podem incluir reassentamento, admissão baseada em necessidades humanitárias, esquemas de patrocínio da iniciativa privada, reunificação familiar e vistos de estudantes e emprego.

Fonte: ONU


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